Bronco: a difícil missão do novo SUV da Ford para vender bem no Brasil

Ford Bronco

Quatro meses após fechar suas fábricas de carros no Brasil para se tornar só uma importadora em nosso País, a Ford arrisca uma cartada para tentar melhorar sua reputação e trazer de volta sua credibilidade do passado junto a potenciais clientes.

A montadora anunciou que vai lançar o SUV Bronco no Brasil, a partir do dia 20 de maio. O veículo parece ser uma boa opção entre aqueles que buscam um SUV na faixa em torno dos R$ 250 mil.

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Mas, ainda assim, a Ford terá de provar muita coisa para convencer os clientes que andam bem longe das concessionárias depois da montadora anunciar o fim da produção de autos no Brasil.

De onde vem

O Bronco é importado do México, tem jeito parrudo e acabamento condizente com o porte do veículo. Pelo material divulgado pela imprensa, dá pra dizer que tem refino e tecnologia.

A Ford ainda vai revelar detalhes nos próximos dias, mas sabe-se que o Bronco vendido em nosso País, neste momento, só com motor a gasolina 2.0 de 248 cavalos de potência.

E isso pode ser ruim, pois o seu rival direto é o novo Jeep Compass – lançado esta semana – recebeu melhorias e pode vir com motor turbo flex ou diesel, sem falar num pacote tecnológico com dispositivo que inclui, entre outros, itens que podem fazer o carro frear sozinho se houver um risco de colisão e o motorista não conseguir frear. Sistema que evita acidentes também com pedestres e ciclistas.

Vem mais por aí?

A Ford possui outras opções do Bronco com motor menor lá fora, mas é pouco provável que ele apareça por aqui agora porque as importadoras preferem trazer os mais completos para ter maior rentabilidade.

Desde o fim do EcoSport e KA, a Ford vem focando seus trabalhos com uma linha de carros de luxo. O mais barato hoje dos SUVs da Ford é o chinês Territory, de cerca de R$ 200 mil.

A Ford vendeu belos modelos populares nos últimos anos e agora terá de mudar o atendimento.

Apesar de produzir bons carros, não é considerada marca de luxo a exemplo de Mercedes, BMW, Land Rover/Jaguar só para citar algumas. E agora vai tentar convencer o público que sabe fazer isso bem para se manter viva.

O fim da linha de produção no Brasil vai provocar redução no número de concessionárias da marca no País e conflitos judiciais com parte da rede concessionária, o que deve impactar na qualidade do pós-venda.

O mercado premium tem muitas opções e a Ford vai tentar se encaixar aí. Se vai conseguir, é cedo para dizer.

Mas uma coisa é certa: o consumidor vai sair ganhando com mais um bom produto chegando às ruas.

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