Análise: novos chineses elétricos ou SUVs consagrados a combustão?


Dois gigantes chineses lançaram recentemente novos veículos elétricos no Brasil no valor de R$ 150 mil que mexeram com o mercado nacional.
BYD Dolphin e o GWM Ora 03 chegaram fortes por causa do bom conjunto da obra e puseram muita gente pra pensar: qual carro levar?
Um modelo 100% a energia ou um SUV consagrado a combustão, de porte maior, a exemplo de Volkswagen T-Cross, Jeep Renegade, Chevrolet Tracker, Fiat Fastback e Renault Duster, só para citar alguns dos nomes mais conhecidos. A disputa certamente vai ficar acirrada nos próximos dias.
Nova era
Os chineses são bem diferentes dos vendidos aqui no passado. Bem melhores, mas as dúvidas e incertezas ainda existem.
O GWM chega com visual moderno, belo desenho interno, um bom pacote tecnológico e um motor esperto de 171 cavalos de potência e a tecnologia 100% a energia. O BYD não fica atrás.
Agrada pelo desenho externo, interno, inovações como uma tela que pode ficar na vertical ou horizontal com apenas um toque.
A desvantagem em relação ao concorrente chinês seria o motor um pouco mais fraco: 95 cavalos de potência. A autonomia é semelhante. Ambos carregam a vantagem de não precisar usar gasolina e até isenção de IPVA em alguns Estados como Pernambuco.
Jogando contra esses carrinhos vindos do outro lado do mundo, uma infinidade de dúvidas: será que vai ter assistência adequada nas lojas aqui?
A infraestrutura para abastecimento ainda é bem deficitária, sem falar na autonomia que ainda precisa melhorar.
São só algumas das perguntas mais frequentes.
Tradição
Do outro lado aparecem vários SUVs bem conhecidos do mercado e desejados pelo público.
São carros repletos de boa tecnologia e até de porte maior. A facilidade de ter mais revendas, oficinas prontas para atender e tecnologia conhecida.
Não podemos esquecer que todas são conhecidas e gozam de boa reputação no mercado nacional. E não podemos esquecer na hora de abastecer em cerca de 40 mil postos de combustíveis espalhados pelo País.
Polêmicas à parte, a verdade é que os chineses chegaram pra valer ao Brasil e num nível nunca visto. É uma nova era de veículos a energia com alto poder de conectividade que não só agradam ao público como é necessária para a vida atual.
Os chineses chegaram e provocaram queda significativa nas vendas em outros carros elétricos tidos como rivais. Só pra ter uma noção, a CAOA Chery reduziu o preço de seu iCar em mais de R$ 30 mil.
A Peugeot cortou a gordura de R$ 40 mil no SUV e-2008, que baixou de R$ 250 mil para R$ 210 mil. A briga está nas ruas. Quem vai levar a melhor ainda é cedo pra dizer.
O mercado é amplo e variado. Mas podemos cravar: o cliente conservador vai esperar mais. O público mais antenado, sedento por novidades têm à disposição produtos bem competitivos e certamente vai pegar vendas dos mais tradicionais.
Nesta briga de gigantes tem ainda os modelos híbridos, que parecem ser uma solução transitória do motor a combustível até a chegada definitiva dos elétricos.
Mas aí é uma outra história que vamos contar numa reportagem futura.
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