Teste: Renault Duster com motor turbo – falta mais alguma coisa?

Renault Duster turbo

Por Matheus Albino

O carro da moda no Brasil tem tecnologia de segurança e ambiente interno com sistema de mídia. Se o motor for turbo, melhor ainda.

O Renault Duster agora oferece tudo isso e mais um pouco. Testamos a versão mais completa do SUV compacto e que ganhou motorização 1.3 turbo de 170 cavalos como principal novidade este ano.

Se o Duster já agradava com seu pacote de segurança bem amplo, agora vai satisfazer clientes que reclamavam da falta de desempenho do modelo com motor 1.6 aspirado.

Ele segue no portfólio das demais versões, pois apenas a Iconic TCe leva o motor com turbina. O Duster turbo manteve o bom espaço interno para 5 ocupantes, o maior porta-malas do segmento (475 litros).

Quem quiser sair da rotina e puxar o Duster para um passeio off-road pode ir numa boa, desde que respeite as limitações do carro.

Ele não tem tração 4×4, mas oferece os maiores ângulos de ataque e saída do segmento. Na prática isso quer dizer que o Duster tem boa altura do solo e passa por trechos alagados com mais facilidade do que outros carros.

Pra deixar o visual mais bonito a Renault poderia equipá-lo com faróis em LED, mas, apenas as luzes de condução diurna levam essa tecnologia.

Ambiente interno

De espaço interno ele segue mandando bem, leva 5 pessoas numa boa, apenas quem vai no meio da segunda fileira pode se incomodar com o porta-objetos longo e baixo e que atrapalha quem vai no meio.

Ele não tem saídas de ar-condicionado atrás, mas muitos rivais deste segmento também não oferecem, ou seja, não é um problema exclusivo do Duster.

Como destaque podemos citar o ar-condicionado digital, sistema de partida por botão, direção elétrica, e o acabamento do painel central com plásticos de textura rígida.

O sistema de mídia é rápido, tem conexão sem fio com android auto e apple carplay, e ainda ativa funções do veículo.

Mas o quadro de instrumentos é uma telinha pequena, poderia ser uma digital e maior. Tem quem goste dos comandos satélites atrás do volante para mudar a música, aumentar ou baixar o volume. Mas a Renault poderia encontrar uma solução melhor para a versão mais cara do Duster.

Pelo menos o motorista conta com ajuste de altura e profundidade do volante e pode achar a melhor posição para dirigir mais rápido.

Motor

Segundo a Renault, o 1.3 turbo leva o Duster de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos. É um tempo bom para um carro do seu porte. Mostra que o Duster está mais disposto.

Em nosso teste o consumo de combustível não trouxe boas médias, fez 7 km/l na cidade rodando com etanol. Em seguida bastecemos com gasolina e a média subiu para 8,5 km/l.

A mecânica traz ainda o câmbio automático CVT que simula 8 velocidades.

Segurança

O Duster Iconic oferece um bom pacote de segurança, tem alerta de ponto cego, assistente de frenagem de emergência, assistente de partida em rampas, e ainda o sistema multicâmeras que mostra o veículo por todos os ângulos.

Mas, apenas os dois airbags obrigatórios por lei, a Renault deixou escapar esse importante item de segurança para os ocupantes do Duster.

O preconceito com carro franceses ainda existe, mas diminui a cada ano. O Renault Duster turbo é a melhor versão que a marca já lançou deste carro, hoje oferece o mesmo que os principais concorrentes – tecnologia, segurança, motor turbo, e ampla rede de concessionárias.

Este último tópico não é menos importante pois para um bom atendimento ao cliente é preciso várias lojas disponíveis.

Se inscreva em nosso canal no youtube

Tags:

Continue lendo