Reunião discute futuro do carro para Pessoa Com Deficiência (PCD)

Sabe aquela modalidade de vendas para portadores de deficiência (PCD) comprarem carro zero-quilômetro com grandes descontos?
Saiba que, neste momento, esse dispositivo deixou de ser interessante para muita gente.
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É que os preços dos veículos novos disparam e, como a lei só permite a venda com os benefícios de veículos de até R$ 70 mil, o consumidor hoje ficou com poucas opções.
Os famosos e desejados SUVs estão cada vez mais comprometidos. Para entender melhor a história vai um resumo.
A lei concede a portadores de deficiência – ou parentes de primeiro grau – facilidades para que o beneficiário consiga adquirir um veículo e facilite a sua vida.
PCD
Divulgação
Os carros devem ter preço máximo de R$ 70 mil (sem as isenções) pra ter direito a todas as reduções de impostos federais e estaduais.
São eles, IPI, ICMS, IPVA e IOF. Somados os valores de todas as isenções, um carro novo pode sair em média 35% mais barato do que o preço anunciado de tabela.
Até mês passado, por exemplo, o Volkswagen T-Cross caía de R$ 90 mil, para R$ 56 mil pra pessoa com deficiência.
Por conta da pandemia, os fabricantes reduziram sua produção e hoje praticamente só fazem os carros para a venda de varejo, mais rentável.
Os modelos automáticos ou de porte médio – SUVs e sedãs que comportam mais facilmente cadeiras de rodas ou equipamentos – são os mais requisitados.
Para atender esse público, as montadoras precisam economizar no pacote de acessórios e “pelam” o veículo.
Tudo para não ultrapassar o limite de preço estabelecido.
Tenha paciência
Apesar da vantagem financeira, o lado ruim para o consumidor é que a burocracia exige muita perseverança do comprador e torna o processo desgastante.
Em média este processo pode chegar até seis meses já que o candidato à compra precisa uma série de documentos.
Desde atestados, laudos médicos e certidões de diversos órgãos para atingir o objetivo de conseguir o desconto total.
A esperança de muitos compradores e revendedores para solucionar esse imbróglio é que o governo reveja esta política e mexa nas regras.
Assim, os benefícios vão contemplar carros mais caros e o consumidor vai poder voltar a ter mais opções.
No próximo dia 30, acontece a reunião do CONFAZ (Conselho Nacional Fazendário) que pode definir o futuro dos carros PCD no Brasil.
Nesta reunião, será discutido se o limite de R$ 70 mil no preço dos veículos exigido pela Fazenda será ajustado para que as montadoras possam continuar ofertando os modelos SUVs e sedãs.
“Estamos na expectativa de que o valor seja revisto porque vai benefício não apenas montadoras, mas, principalmente, o consumidor”, diz Thiago Ventura (foto), gerente de vendas diretas do grupo Parvi e especialista em vendas PCD.
Ele lembra aqueles que também há opção de comprar o seu zero-quilômetro apenas com a isenção do IPI.
Isso por que a Receita Federal não impõe limite de preço para conceder a isenção do imposto.
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