Ford Bronco a gasolina é R$ 40 mil mais caro que Compass Diesel top de linha

A Ford iniciou as vendas no Brasil do seu SUV Bronco e deposita nele suas fichas para tentar se firmar em nosso País como uma importadora, cinco meses  após fechar suas fábricas em território nacional.

E não vai ser fácil. O preço divulgado nesta quinta-feira chamou atenção. Vendido apenas com motor a gasolina, custa R$ 256.900, ou seja, R$ 40 mil mais caro do que o seu concorrente Jeep Compass na versão top de linha e com motor diesel cujo preço é R$ 216.900.

O Bronco parece ser uma boa opção a ser levada em conta para quem busca um SUV diferente. Só que ter dinheiro só não é a questão: a marca vai ter de convencer potenciais compradores de que está firme por aqui, mesmo tendo anunciado o fim de suas fábricas no Brasil. 

O Bronco é importado e tem jeito parrudo e acabamento condizente com o porte do veículo. Dá pra dizer que tem refino e tecnologia. O carro tem um motorzão a gasolina 2.0 de 248 cavalos de potência.

Tem o motor mais forte do que o do rival  novo Jeep Compass – lançado mês passado. Mas o carro da Jeep recebeu uma série de melhorias e pode vir com motor turbo flex ou diesel, sem falar num pacote tecnológico.

Quem quiser um Compass flex turbo paga a partir de R$ 140 mil. E o diesel começa em R$ 196 mil. O top de linha do Compass com motor a óleo sai por R$ 216.900, o seja R$ 40 mil a menos do que o Bronco.

A Ford possui outras opções do Bronco com motor menor lá fora, mas é pouco provável que ele apareça por aqui agora porque as importadoras preferem trazer os mais completos para ter maior rentabilidade .

E é regra. Desde o fim do EcoSport e KA, a Ford vem focando seus trabalhos com uma linha de carros de luxo. O mais barato hoje é o SUV chinês Territory. Tem o esportivo Mustang  e a Ranger também. 

Apesar de Ter histórico de produzir bons carros, o problema é que a Ford nunca foi considerada uma marca de luxo a exemplo de Mercedes, BMW, Land Rover/Jaguar só para citar algumas.

E agora vai ter de convencer o grande público disso. A Ford vendeu modelos populares nos últimos anos e agora vai ter de mudar o atendimento. Terá de montar uma nova estrutura para se adequar a essa realidade.

O fechamento da Ford também deve provocar uma redução significativa no número de concessionárias da marca pelo País, o que pode impactar na qualidade do pós-venda da marca.

O mercado premium tem muitas opções e a Ford vai tentar se encaixar aí. Se vai conseguir, é cedo para dizer. Mas uma coisa é certa: o consumidor vai sair ganhando com mais um bom produto chegando às ruas.

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