Stellantis comprova que carro movido a etanol é páreo para o elétrico na redução de poluentes. Entenda


A Stellantis divulgou esta sexta-feira (31) que simulou em teste comparativo um veículo abastecido com quatro fontes distintas de energia. A ideia era medir a emissão total de CO2 em cada situação levando em cota não apenas a operação do carro em si, mas também toda a cadeia de produção da fonte de energia/combustível.
O automóvel foi abastecido com etanol e comparado em tempo real com a mesma situação de rodagem utilizando a gasolina tipo C ; outro 100% elétrico abastecido na matriz energética brasileira, e mais um 100% elétrico abastecido na matriz energética europeia.
CARRO ELÉTRICO USADO NO BRASIL FOI “MENOS POLUENTE” QUE O UTILIZADO NA EUROPA
Durante o teste comparativo, realizado no simulador, o veículo percorreu 240,49 km e foram obtidos os seguintes resultados de emissões de CO2 durante o trajeto:
- Gasolina 60,64 kg CO2
- 100% elétrico com energia europeia 30,41 kg CO2
- Etanol (E100) 25,79 kg CO2
- 100% elétrico com energia brasileira: 21,45 kg CO2
Antonio Filosa, presidente da Stellantis para a América do Sul acredita que, quando considerado o saldo total de emissões de todo o ciclo energético, o veículo movido a etanol apresenta vantagens inclusive em comparação com um veículo elétrico a bateria abastecido com energia gerada na Europa, consideradas as características da matriz energética europeia. Quando comparado à gasolina, o etanol se destaca ainda mais.
“Os resultados comprovam as vantagens da matriz energética brasileira, principalmente a importância dos biocombustíveis para uma mobilidade mais sustentável”, analisou O saldo final dos testes mostra que, na comparação entre os dois combustíveis, o uso do etanol evitou a emissão de 34,85 kg de CO2 no trajeto, o equivalente a 144 gramas de CO2 por quilômetro rodado. O etanol reduz mais de 60% a pegada de carbono, segundo a empresa.
STELLANTIS APOSTA NO CARRO “BIOELÉTRICO” PARA CUMPRIR METAS DE DESCARBONIZAÇÃO
Para a Stellantis, a matriz energética brasileira, em que se destacam os biocombustíveis e a energia elétrica gerada por meios renováveis, é uma vantagem comparativa do país, que pode ser usada para promover uma mobilidade mais sustentável. A Stellantis informou que trabalha a opção estratégica de desenvolver no Brasil soluções, tecnologias e componentes para veículos híbridos que combinem etanol e eletrificação e, para isso, investe em pesquisa e desenvolvimento de ideias e tecnologias locais.
A empresa diz que não se trata de contrapor descarbonização e eletrificação. Para a Stellantis, a descarbonização é o resultado desejado e necessário, enquanto a eletrificação é um dos caminhos para se alcançar a descarbonização da mobilidade. “O emprego do etanol combinado com eletrificação é o caminho mais rápido e viável do ponto de vista social, econômico e ambiental para uma crescente eletrificação da frota brasileira”, divulgou.