Está faltando carro novo e seminovo nas concessionárias do Recife

Notícias 18/07/2020
Concessionária da Volks

Que a pandemia do coronavírus afetou drasticamente a economia do mundo não é novidade.

E falando especificamente do setor automotivo, vimos uma mudança enorme na forma de vender carros.

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Com as lojas fechadas, as negociações passaram a ser exclusivamente on-line e as vendas despencaram.

Diante de um cenário desolador e de incertezas do início da quarentena, muitos analistas e pseudos-experts apostaram no óbvio: quem quiser vender o seu carro agora vai ter de baixar o preço porque a economia parou, ninguém vai comprar nada e teremos automóveis encalhados, disseram alguns futurologistas de plantão.

A linha de raciocínio parece fazer sentido, mas a prática mostrou o contrário.

Os veículos não baixaram de preço, até subiram, e os lojistas estão com estoques reduzidos e pagando até mais caro pelo veículo na hora de comprar.

A explicação para o fenômeno é complexa, mas pode ser resumida assim: fábricas pararam de produzir os zero-quilômetro e concessionárias não receberam os novos.

Quem vendeu durante a pandemia, não conseguiu repor o estoque.

Em falta

Demos uma volta nas concessionárias do Recife e praticamente todas estão com número limitado de carros.

Os comerciantes fazendo malabarismos para comprar carros. Nas revendas, é possível perceber showroom esvaziado, sem vários modelos ou apenas com configurações menos procuradas.

“Há quem atribua os bons números de vendas a uma demanda reprimida. Também existem muitas pessoas que não vão viajar e usaram suas reservas para comprar carro”.

“Qualquer que seja o real motivo, a verdade é que todas as marcas têm alguma dificuldade hoje é repor o estoque de usados porque muitos fabricantes não retomaram sua produção na capacidade de antes”, resumiu Luiz Henrique, diretor do grupo ADTSA, responsável no Recife por marcas como Volkswagen Meira Lins, Renault Regence, Citroën e Peugeot Pigalle.

Seminovos

E engana-se quem pensa que o problema é exclusivo do zero-quilômetro. O mercado de usados também registra baixa.

No mês passado, os lojistas contabilizaram vendas semelhantes às período anterior à pandemia.

“Foi bom porque voltaram a vender. Ruim porque não se prepararam e dispensaram alguns carros que lhe foram oferecidos recentemente.

 “Ninguém esperava uma recuperação tão rápida (mesmo que momentânea)”, diz André Albuquerque, diretor do shopping do automóvel de Pernambuco, grupo referência na venda de seminovos no Estado.

Segundo ele, o momento é bom pra quem pretende entregar o seu carro numa loja porque a avaliação possivelmente será melhor do que dois meses atrás.  E tem até loja querendo anunciando que paga à vista o seu carro.

Até grandes empresas que renovavam suas frotas em pouco tempo agora estão sentindo uma procura maior e cobrando cerca de R$ 3 mil (em modelos populares e de médio porte) a mais do que antes da pandemia.

E pra quem duvida, basta analisar a tabela com os valores antes da pandemia e agora.

Vários fabricantes repassaram aumentos nos últimos meses.

A justificativa basicamente é de que são ajustes necessários para repor perdas acumuladas, inclusive, com a disparada do dólar.

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