Como será o NOVO CARRO POPULAR BRASILEIRO? Veja o que sabemos

Renault Kwid e Fiat Mobi

A expectativa em torno do anúncio que será feito no próximo dia 25 de maio, Dia da Industria, é grande . Nesta data, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e vice-presidente, Geraldo Alckmin, deve a anunciar o pacote de medidas que terá como objetivo facilitar o acesso ao carro zero km por parte da população.

As medidas envolvem incentivos governamentais, mas também a participação da indústria. Há muita especulação em torno do tema, mas tem-se como certo que o novo carro popular brasileiro não envolverá o lançamento de novos modelos e nem a volta de antigos, como aconteceu com o Fusca, que em 1993 voltou a ser produzido a pedido do então presidente da República Itamar Franco. O “Fusca Itamar”, como ficou conhecido, foi descontinuado três anos depois. O que vai acontecer agora estará mais para um pacote de medidas que poderá ser aplicado a vários modelos de veículos já existentes.

O QUE HÁ DE CERTO EM RELAÇÃO AO NOVO CARRO POPULAR BRASILEIRO

A ideia central partiu da própria indústria. Em março deste ano o presidente do grupo Stellantis, Antonio Filosa, anunciou numa entrevista a necessidade de um esforço conjunto entre montadoras e governo para tornar o carro zero km mais acessível e assim atacar dois grandes problemas: os elevados estoques e a ociosidade das linhas de produção. Da parte do governo significaria a manutenção dos empregos atuais e a criação de novas vagas de trabalho além do estímulo ao comércio e serviços.

É certo que o governo deverá anunciar uma redução no IPI de veículos até R$ 100 mil. Também deverá haver estímulos para que estados façam reduções no ICMS. O Governo Federal também deverá lançar linhas de financiamentos, com juros mais baixos, através dos bancos oficiais e é esperado que o trabalhador possa usar o saldo do FGTS como garantia para os financiamentos.

O QUE É POUCO PROVÁVEL QUE ACONTEÇA EM RELAÇÃO AO CARRO POPULAR

Há uma expectativa ainda de que o governo apresente um programa de estímulo à renovação da frota, quando veículos com mais de 10 anos de uso teriam um bônus para a troca por modelos novos, como acontece com o programa Renove, para aquisição de caminhões novos.

Por parte da indústria as montadoras devem apresentar versões mais despojadas de seus modelos de entrada mas mantendo, claro, os itens básicos de segurança exigidos em lei. Ar-condicionado e direção assistida podem voltar a ser oferecidos como opcionais em alguns modelos. Junto com a queda dos impostos o preço final deste carro mais simples pode ficar em torno de R$ 50 a R$ 60 mil, um dos objetivos do programa.

Será estimulada ainda por parte da indústria o aumento no uso de componentes nacionais (para fugir da precificação em dólar de certos insumos). É pouco provável que esse novo carro popular seja movido exclusivamente a etanol, como se ventilou há alguns meses, porque isso envolveria a produção de motores adaptados para esse fim, o que demandaria custos. Além disso, o setor sucroalcooleiro trabalha com commodities, ou seja, se o preço do açúcar no mercado internacional aumentar muito isso poderia prejudicar a produção interna de etanol elevando o preço do combustível.

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