Com tantas opções de SUVs flex será que vale apostar num carro elétrico chinês?

O chinês GWM elétrico custa o mesmo que bons SUVs nacionais

Dois dos carros mais desejados e comentados da atualidade no Brasil são chineses e custam na faixa dos R$ 150 mil: BYD Dolphin e GWM Ora 03. A dupla possui visual legal,  interior que salta aos olhos, muita tecnologia e são 100% elétricos. Pelos obcecados pelos veículos a energia, parecem uma boa pedida. O que muita gente esquece é que, pelo mesmo dinheiro, o mercado brasileiro oferece uma ampla gama de SUVs consagrados, bem interessantes e de categoria superior.

A Volkswagen dispõe de SUVs abaixo de R$ 150 mil.

A lista é vasta. Hyundai Creta, Chery Tiggo 5, Fiat Fastback, Volkswagen T-Cross, Jeep Renegade, Chevrolet Tracker, Renault Duster são só alguns dos bons nomes disponíveis pra quem busca um automóvel.

Hyundai Creta é uma das melhores opções da categoria com opções abaixo dos R$ 150 mil

Os mercado tem desses SUVs a combustão a partir de R$ 125 mil. As configurações de R$ 150 mil já são mais caprichadas. Todos os modelos citados acima possuem motor turbo que fazem esses carros andar muito e beber pouco.

Jeep Renegade tem versões a partir de R$ 120 mil

Além do bom espaço interno, os SUVs levam uma série de vantagens que boa parte dos compradores não lembra na hora de fechar o negócio.

O SUV C3 Aircross chegou agora com preços variando entre R$ 110 mil e R$ 130 mil

Nas concessionárias o argumento dos vendedores para se sobressaírem frente à invasão elétrica dos chineses é dizer que “Esse não é o melhor momento pra investir num carro 100% a energia”. Para muitos dos vendedores, a saída mais viável no momento seria comprar um carro híbrido, que conta com motor a combustão e outro auxiliar a energia. Esse tipo de tecnologia garante a carros de luxo autonomia prolongada e o consumo melhor do que muitos populares. Sem contar que existem mais de 35 mil postos de combustíveis espalhados pelo Brasil, garantindo que ninguém vai passar perrengue.

PONTOS FRACOS 

É fato que os carros chineses chegam fortes na mídia, mas os pontos fracos são bem evidentes também.


As maiores queixas dos elétricos são: a baixa autonomia, muitos não conseguem sair do Estado, a precariedade da rede de abastecimento e o tempo prolongado pra recarregar a bateria. Temos de lembrar que nem todo prédio está pronto para receber um carregador do dono do veículo elétrico.

Jogando a favor dos elétricos, a vantagem de gastar menos na hora de abastecer o veículo. É mais em conta encher de energia do que botar gasolina.

Polêmicas a parte, a verdade é que os elétricos são uma parcela importante em alguns mercados, mas importante dizer também aqui hoje que não vão substituir os modelos a combustão. Chegam pra completar, assim como diesel, etanol, GNV. 

Os elétricos são um nicho de mercado mesmo com essa superexposição na mídia. 

Só para ter uma dimensão: mesmo com todo esse barulho na mídia os eletrificados representam menos de 4% do mercado.

Os chineses estão fortes na mídia e esse movimento favorável ajuda a vender feito água, mas eles precisam mostrar muito a que veio. O mercado de usados de elétricos é bem restrito. Numa rápida pesquisa, pudemos ver carros vendidos ano passado como zero-quilômetro na faixa dos R$ 250 mil e um ano depois sendo oferecido por 40% a menos.

Quem está com a razão é cedo pra cravar, mas os elétricos precisam provar muita coisa ainda. 

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